Irmãos em todos os tempos

Plínio Marcos Basílio Garcia

Irmãos

 

Belos movimentos,

entregando-se aos braços, o vento!

De vivacidade, contentamento,

erguendo aos cumes esvoaçam

sentimentos por todas as ruas.

Nua! Das belezas, podando sertões.

Vivência a natureza dos interiores;

sou até… O extremado irmão.

Com laços de sangue, de praia e mar.

Das ondas e pedras, de céus e ventos.

A contento, além das águas.

Ao apontar o sol, o choro cala…

Nos jardins das sensações

cultivadas dos corações, a semente.

Do amor que jamais perece,

Somos outra vez irmãos!

Sempre fomos irmãos.

Mesmo sem saber onde estás

cultivo as plantas do jardim.

Sei, dia desses voltarás!

Ai dos ventos,

Acuados por emoções saturadas,

enlatadas em conserva,

A fim de surpreender a grandeza do sertão

pelos ventos seremos o céu,

aguardando a clemência

de um sentimento ausente.

Seremos para sempre, irmãos!

Canto para nascer

 

Por cantos, te procurei,

quase pronto! Para nascer!

Na sua festa vivi vidas anteriores,

apesar disso, recentemente morri!

Milhares de vezes, em seu canto,

chorei…

Frases tristonhas,

escritas, não sei pra quem!

Em carne, me atrelei

para não morrer,

sem sua despedida.

Ainda assim, hoje morri!

Somente da vida risquei

num canto qualquer,

o nome de uma mulher

sobrepondo as aparições.

O canto é harmonioso,

sem tempo de ressaltar

o nome de qualquer…

Estou pronto para nascer,

esquecido de tudo que se passou,

no canto há lucidez

ritmando coros e refrões

 

Olhos esverdeados

Qual a forma de estar no passado,

se não, pela sobra dos seus olhos

iluminado com paixões.

Nos olhos há tramelas,

e há cortinas pelo chão.

Faz ano mês que vem!

E as velas estão apagadas.

Nos escuros desses mundos, ascendo

as escadas levando a um enorme refrão.

Prometo presentes e portas,

clareando a menina dos olhos…

Improvise um pedido! Apague a vela.

Hoje é seu maior tempo.

Abra a cortina do presente!

Rasgue o que te embrulha…

Risque dos passados,

os entraves dos olhos.

Devaneios

Que sonho estranho,

é esse!

De ser só…

Loucura, em tonalidade única.

Roupas estranhas!

Não há balões?

Paredes macias,

tijolos fechados e os portões?

Não há matéria, somente brisas.

Florindo o sono…

Sonho ser…

Só estranho.

Quanto é estranho,

só ser, um sonho.

De ser, só, em cor única.

Fechado em balões.

Somente a matéria…

Brisa, o sono florido

que estranho…

Só brisa dentro de balões.